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Ciência 

UFPel lidera ranking de cientistas brasileiros que mais influenciam políticas públicas no mundo

novembro 12, 2025novembro 12, 2025 Editor

A ciência produzida na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) está entre as que mais influenciam políticas públicas no Brasil e no mundo. Um relatório inédito da Agência Bori, em parceria com a plataforma internacional Overton, identificou os pesquisadores brasileiros mais citados em documentos oficiais — pareceres técnicos, diretrizes, normas e relatórios de governos e organismos multilaterais — que embasam decisões públicas desde 2019.

Liderança e três entre os cinco primeiros do país

Entre os cinco cientistas com maior influência sobre políticas públicas, três têm sua trajetória desenvolvida na UFPel, com atuação no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (PPGEpi): Cesar Victora (1º lugar), Aluisio Barros (3º) e Pedro Hallal (5º) — este último atualmente sem vínculo institucional com a UFPel, mas atuando nas Coortes de Nascimento de Pelotas. Os trabalhos citados no relatório referem-se ao período em que integrava o Programa e a Universidade. Outros dois epidemiologistas do programa também aparecem entre os 30 primeiros colocados: Fernando Barros (27º lugar) e Bernardo L. Horta (30º lugar).

O levantamento analisou 33,5 mil documentos de políticas públicas publicados desde 2019 e identificou 107 cientistas brasileiros com pelo menos 150 citações. A plataforma Overton é a maior base de dados mundial dedicada a rastrear o uso de evidências científicas em decisões políticas.

Ciência que embasa políticas

Para o professor emérito Cesar Victora, estar no topo do ranking representa o reconhecimento máximo do papel social da ciência.

“Fazer pesquisas que embasam e direcionam políticas públicas é o mais alto reconhecimento que um cientista pode receber da sociedade. Somente com políticas e programas baseados em evidência poderemos neutralizar a circulação de falsas e perigosas informações”, afirma.

Victora tem 231 artigos acadêmicos mencionados em 3.109 documentos oficiais, com destaque para estudos sobre amamentação. Um de seus trabalhos contribuiu para as bases do relatório sobre desenvolvimento infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Indicators for assessing infant and young child feeding practices. Definitions and measurement methods” – para se ter uma ideia, o mesmo relatório foi posteriormente citado em quase 200 documentos de 21 países.

O epidemiologista Aluisio Barros, diretor do Centro Internacional de Equidade em Saúde da UFPel, reforça a importância de decisões ancoradas em dados e evidências.

“As decisões de políticas públicas são complexas, exigindo o balanço entre fatores políticos, econômicos e a opinião pública. Nesse contexto, a informação robusta, embasada em ciência, é o elemento essencial que confere credibilidade e aumenta a chance de sucesso da política adotada”, explica.

Com 143 artigos científicos citados em mais de 870 documentos de políticas públicas, Barros tem contribuições centrais em saúde materno-infantil e avaliação de programas de saúde.

Já Pedro Hallal, quinto colocado, ressalta a importância de preservar a integridade da ciência diante de pressões ideológicas.

“Durante a pandemia de Covid-19, vimos decisões em saúde pública baseadas em ideologia, e não em evidências. Não por acaso, o Brasil teve uma mortalidade quatro vezes maior do que a média mundial. Políticas públicas só fazem sentido se forem desenhadas com base nas melhores evidências disponíveis”, afirma.

Hallal tem 72 trabalhos referenciados em 618 documentos oficiais, resultado de uma trajetória marcada por estudos em atividade física, vigilância epidemiológica e enfrentamento da pandemia.

Fernando Barros contabiliza 81 artigos citados em 357 documentos, e Bernardo L. Horta, 63 artigos em 323 documentos, ambos com forte impacto em nutrição e saúde pública.

Para Sabine Righetti, cofundadora da Agência Bori e pesquisadora do Labjor–Unicamp, o relatório reafirma o papel da ciência brasileira na formulação de políticas públicas. “A ciência não é periférica para o Estado, mas um dos seus instrumentos de governança. Reconhecer essa conexão fortalece a democracia, porque a formulação de políticas baseada em evidências é a expressão mais concreta da razão pública”, afirma.

Desigualdades de gênero e o desafio da representatividade

O relatório também chama atenção para a desigualdade de gênero na ciência brasileira: apenas 9,3% dos nomes mapeados são de mulheres. Casos de destaque, como Ester Sabino (USP), Mayana Zatz (USP) e Mercedes Bustamante (UnB), demonstram a excelência feminina na ciência brasileira e reforçam a urgência de ampliar representatividade em posições de influência.

Da saúde materna ao clima

Além da área de saúde, o relatório Bori–Overton destaca a presença crescente de pesquisadores brasileiros em documentos de políticas climáticas globais ligados ao ODS 13 (Ação Climática), com mais de 7,6 mil citações em relatórios de 50 cientistas nacionais.

O destaque da UFPel no relatório Bori–Overton reforça o compromisso histórico da universidade com a produção de conhecimento voltado ao interesse coletivo. A influência dos pesquisadores da Epidemiologia de Pelotas sobre políticas nacionais e internacionais mostra que a ciência feita no Sul do Brasil nasce da realidade brasileira, dialoga com o mundo e retorna à sociedade em forma de políticas públicas e programas, gerando benefícios concretos para a população.

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