Pelotas ganha escultura de Mafalda em comemoração aos 40 anos do CLC
Nesta quarta-feira (18), Pelotas inaugura as esculturas da Mafalda, criação do cartunista argentino Quino, e de Betinho, personagem do cartunista pelotense e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), André Macedo. As obras serão instaladas em um banco na Praça Coronel Pedro Osório, em frente à Biblioteca Pública Pelotense (BPP), com o ato de inauguração marcado para as 18h.
A inauguração faz parte das comemorações dos 40 anos do Centro de Letras e Comunicação (CLC) da UFPel e comemora também os 60 anos da personagem Mafalda. O projeto foi idealizado pelo CLC e concretizado em parceria com a Prefeitura de Pelotas. As obras foram confeccionadas pelo artista plástico argentino Pablo Irrgang.
Segundo a professora Luciane Martins, coordenadora do projeto, a proposta busca fortalecer os laços culturais entre Brasil e Argentina, países do Mercosul, incentivando a leitura e valorizando a língua e a literatura espanhola. “Além disso, promove o turismo e resgata os significados da memória social que são importantes para a construção de uma identidade latino-americana”, destacou.
Mafalda: um símbolo atemporal
Ao longo de seis décadas, Mafalda conquistou gerações ao redor do mundo com tiras que abordam, de forma crítica e bem-humorada, temas sociais como desigualdade e democracia. Traduzido para mais de 30 idiomas, incluindo o guarani, o personagem tornou-se um ícone da cultura latino-americana.
As Esculturas de Mafalda já foram instaladas em cidades como Buenos Aires, Mendoza, San Salvador, Oviedo e Lima, e agora Pelotas se junta a essa lista, consolidando sua importância como um espaço de valorização cultural na região.
Betinho: um símbolo da cultura pelotense
Já Betinho, criação de André Macedo, representa a alma criativa e curiosa de Pelotas. Oriundo da tribo dos Xami Xunga, Betinho é uma figura questionadora que observa o mundo com a inocência e a magia do olhar infantil. Para o cartunista, a escultura é um momento especial de consagração: “Eu me sinto feliz e agradecido, o Betinho não é mais meu, agora, definitivamente, ele é do povo de Pelotas”, declarou Macedo.
Um novo ponto turístico e cultural
As esculturas, que integram um banco na praça, criarão um espaço de interação cultural e turística, atraindo moradores e visitantes para um ambiente que conecta história, literatura e arte. A instalação fortalece Pelotas como uma cidade que valoriza suas raízes e promove uma troca cultural com a América Latina, fortalecendo a identidade e a memória coletiva da região.
Com esse novo espaço, Pelotas ganha não apenas um atrativo turístico, mas também um ponto de reflexão sobre temas fundamentais, simbolizados por duas figuras que unem gerações e culturas.